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terça-feira, julho 06, 2010

Batman: Arkham Asylum (Xbox 360)

Desenvolvedor: Rocksteady Studios
Distribuidor: Eidos Interactive / Warner Bros. Interactive Entertainment / DC Entertainment
Gênero: Ação
Lançamento: Agosto de 2009
Outras plataformas: PS3, PC

Nos últimos anos, Batman foi o herói que mais se destacou dos outros, deixando um longo caminho de azar e, consequentemente, aprendizado para trás. Após os filmes de Tim Burton, o morcego se viu em queda nos cinemas. Os jogos da época faziam jús aos filmes, nada de inovador, nada de diversão, nada de nada. Então veio o cara que daria um novo fôlgo a franquia: Christopher Nolan.

Saiu Batman Begins. Fãs já desanimados com o horroroso Batman & Robin já apostavam que esse seria um novo fracasso. E veio a surpresa: um filme feito com calma, inteligente e que realmente mostrou a origem do Cavaleiro das Trevas sem cair na armadilha de entupir o filme com efeitos e vilões sem sal.

Anos depois, a explosão de alegria dos fãs: novamente Nolan com um roteiro impecável, um Bale com mais convicção vestindo a capa do morcego e o surpreendente Ledger, que acabara de imortalizar o Coringa como ninguém jamais havia feito. Sim, o filme foi um sucesso tão grande que está entre o top 10 de bilheterias do mundo todo.

Com o sucesso do herói da noite nos cinemas, faltava um jogo para imortalizar o morcego nos consoles. LEGO Batman sai após o filme Dark Knight, para todos os consoles, mas conseguiu apenas tirar um sorriso dos mais aficionados pelo morcego, e por LEGO, é claro.

Nesta mesma época, sai um trailer de algo inesperado: Batman: Arkham Asylum. Sim, o mesmo sentimento bateu dos fãs da época em que Batman Begins fora anunciado. O desânimo, a amargura e o temor de ver o morcego em outro jogo porco, chato e sem vida. Mas, a vida é uma caixinha de surpresas.


Batman: Arkham Asylum, não só apresenta um bom conteúdo a qualquer jogador, seja fã ou não, como recebeu elogios das críticas, sendo eleito o game do ano (Game of The Year - GOTY).


Um breve resumo da história: Batman acaba de prender o Coringa e o leva até o Asilo Arkham. A partir daí, ele nota que algo está errado, pois o Palhaço se rendeu com muita facilidade. Palpite certo, se Batman jogasse na loto assim como prevê como os vilões irão agir, estaria rico...digo, um pouquinho mais rico. Ele encara a armadilha que o espera, e os fatos que acontecem a seguir merecem ser jogados e experimentados pelo próprio leitor.



Tudo no jogo funciona. A começar pelos gráficos: belas texturas, ambiente sombrio parecido com o visto nos quadrinhos, detalhes nas expressões de cada personagem e efeitos de iluminação que batem muitos jogos atuais. Desde o início o jogo permite que você use um Zoom, focando cada detalhe com mais atenção. A partir disso, pode-se notar que os produtores tomaram cuidado com cada detalhe. Móveis diferentes em cada ambiente, imagens e fichas de loucos espalhados pelo asilo, incrições nas paredes e líquidos pingando; cada ambiente foi projetado com o devido cuidado. Você nunca encontrará salas parecidas ou alguma parte monótona quanto aos gráficos. Toda sala guarda uma surpresa para os olhos e, com o passar do jogo, novidades sempre irão surgir, arrancando um sorriso da cara do jogador.
Parte disso se deve ao fato do Charada obrigar o morcego a procurar por "charadas" e desafios, levando o jogador a procurar em cada canto do cenário por vestígios. Sim, de um modo inexplicável, o Charada hackeia o sistema de áudio do homem morcego e conversa com ele, deixando traços de desafios para o jogador solucionar. São estes que prolongarão o jogo em horas. Horas divertidas, só pra ressaltar, já que a cada charada decifrada, a vontade de achar outras aumenta. Sem dúvida, foram muito bem colocadas.


O áudio do jogo é impecável. Os dubladores fizeram um ótimo trabalho e foram escalados com base nos desenhos do morcego, como Batman: The Animated Series. Mark Hamill (mais conhecido por fazer Luke Skywalker nos cinemas) está demais com a voz do Coringa.
As músicas orquestradas são parecidas com as de Dark Knight. O sistema parece funcionar com exatidão. Em momento de tensão por exemplo, ela dá o clima de algo vai acontecer e realmente prende. A música desaparece enquanto se está explorando o cenário e isso ajuda a se concentrar no objetivo. Em resumo: a música está lá na hora certa, na dose certa.


Jogabilidade. O ponto alto, senão o melhor do que o jogo tem a oferecer. Vamos começar pela luta. Bruce Wayne sabe diversos tipos de luta, é um expert em imobilizar capangas nos quadrinhos e no cinema. Em Arkham Asylum não é diferente. Os produtores conseguiram deixar o sistema acessível a todo tipo de jogador. Não é um emaranhado de botões combinados que resultam em combos expetaculares que farão o jogador continuar a jogatina. Ao contrário, isso desanima, e um bom exemplo pode ser notado em Spiderman Web of Shadows. No jogo do morcego, com dois simples botões, você consegue realizar combos fantásticos, dignos de filmes de luta bem planejados. Os dois botões mencionados são X e Y. X para socos e sequência de golpes, e Y para o counter, ou contra-ataque. Um exemplo: Batman, cercado por três inimigos. Usando o X você derruba o primeiro com alguns socos, e vira para outro dando um chute (sim, o herói muda o estilo de combate no meio, mesmo que o botão apertado seja somente o X) mas o terceiro está prestes a dar um pontapé no morcego. Basta apertar o Y. Pronto, Batman para o chute na hora certa, golpeia o adversário e o pôe no chão. Isso tudo flui numa velocidade gostosa de se acompanhar, deixando o jogador livre pra lutar por horas, sempre com a sensação de "quero mais", esperando pra ver qual a sequência que o morcego irá realizar, com o mesmo apertar de botões.
Existem outros golpes, como desviar por cima do adversário e usar a capa para deixá-los confusos. Tudo isso ajuda na hora do combate e daqui a pouco você se vê usando todo o tipo de comando possível para realizar uma sequência perfeita.


Se o lado do combate foi bem explorado no jogo, o método ninja do morcego não deixa barato. Apesar de ser um exímio mestre em combate corpo-a-corpo, Batman também morre com balas. Existem inimigos armados e só há um modo de limpar a área: usando a furtividade, como nos quadrinhos.
Dutos, telhados, cercas e estátuas de mármore. Esses são exemplos de lugares que podem vir a ser um bom esconderijo para o jogador, além de um bom lugar para pegar um capanga desprevinido. Usando a estátua por exemplo, o jogador pode puxar o inimigo silenciosamente para cime e deixá-lo pendurado. É claro que isso irá atrair a atenção dos outros, mas basta se esconder e bolar outras táticas para pegar os outros safados. Caso nenhum inimigo note, há como chegar perto sorrateiramente e dar fim no coitado, pelas costas.


Para realizar tudo isso, o homem morcego conta com seu cinto de utilidades. Batrangs, gel explosivo e batclaw são exemplos de itens que podem ser usados no cenários e contra os bandidos. O batrang serve para a maioria das situações: desde nocautear um inimigo temporariamente até desativar um console à distância. O gel explosivo é necessário para se quebrar paredes frágeis e para explodir inimigos desavisados. Já a batclaw é usada para puxar inimigos e telas de metal do cenário.

Uma coisa que nunca foi explorada nos jogos do morcego era a capacidade detetivesca do personagem. Até Arkham Asylum aparecer e quebrar essa teoria. Com um simples toque no LB, Batman ativa sua visão de detetive, podendo enxergar através das paredes, procurar pistas e seguir a trilha do DNA do diretor do asilo, por exemplo. Neste modo os locais de acesso tornam-se visíveis. É como um guia para o jogador que está perdido, basta ativar a visão que os lugares "escondidos" (dutos de ar por exemplo) do cenário serão revelados.


Com uma história que explora fielmente cada vilão do jogo, Batman: Arkham Asylum não deixa cair a peteca nem mesmo nas cutscenes. O jogador ficará deslumbrado com a interatividade durante boa parte das cenas. Desafios do Charada ajudam a contar um pouco mais de cada vilão. Fitas de gravação de uma sessão de psiquiatria por exemplo, revelarão um pouco mais sobre cada vilão, além de ajudarem a ligar os fatos da história.




Eu poderia continuar falando bem do jogo por horas, discutindo detalhes a respeito da obra-prima, mas não. Deixo você com gostinho de quero mais, pois qualquer informação futuro poderá resultar em spoilers, o que estragaria a experiência do jogo. Batman Arkham Asylum merece ser jogado e rejogado por qualquer pessoas que tenha um PS3 ou Xbox 360, por mais que não conheça o herói. Para um morcego que estava em queda nos filmes e jogos a até alguns anos atrás, nada mal. Resta saber se produtores e diretores de cinema acordem e dêem uma olhada nos outros heróis "encalhados", como Superman, por exemplo.


Por que vale a pena?
Pelo fato do longo trabalho que a produtora teve até o lançamento do jogo. Ele foi revisado milhares de vezes, com grande empenho pelos produtores. O jogo vale pela jogabilidade, história e surpresas que aguardam o jogador.

Prós: Gráficos, dublagem, história, ação e jogabilidade. Diversidade de itens e surpresa em cada cena.
Contras: Nenhum.

Avaliação
Gráficos: 9.6
Áudio: 10.0
Jogabilidade: 10.0
Replay: 10.0
Geral: 10.0

Zerado: 100%
Comentários: Obrigatório para qualquer jogador da geração atual. São poucos os jogos que guardam tantos detalhes como Batman: Arkham Asylum. Um leitor de quadrinhos vai encontrar diversos "easter eggs" no jogo e, mesmo quem nunca ouviu falar no morcego, vai se surpreender com a jogabilidade. O jogo é curto se as charadas e desafios forem ignorados, chegando num total de 5 horas para menos. Após zerar, os Challenges são habilitados, que garantem o fator replay por um bom tempo.




Por: Matt

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